Recentemente, blogueiros contratados pela administração do prefeito Zezão fizeram declarações que revelam a intenção do atual prefeito, caso reeleito, de suspender portarias que reconhecem direitos de servidores municipais. Essas portarias, assinadas pelo ex-prefeito Luiz do Cinema e ratificadas por decisões judiciais, têm sido objeto de discussão na cidade.
Em uma entrevista ao podcast Tunecast, Zezão descreveu a situação das gestões anteriores como “uma bomba prestes a explodir”, afirmando que os adversários não se esforçaram para vencer as eleições de 2020, pois o número de servidores concursados superava a real necessidade do município e, portanto, representam um alto custo para a gestão. Zezão chegou a usar cidades vizinhas como exemplo, argumentando que a quantidade de funcionários era bem inferior. Essa declaração levanta preocupações sobre a continuidade desses vínculos empregatícios caso viesse a ser reeleito
A movimentação nos bastidores, agora verbalizada pelo prefeito, dá a entender que ele poderá trabalhar para suspender as portarias. Embora já tenham sido homologadas judicialmente, uma nova ação poderia desafiar essas decisões, levando a um conflito jurídico que prejudicaria os servidores e, por extensão, a qualidade dos serviços públicos oferecidos à população.
Vale lembrar que no início do ano, o Prefeito encaminhou o plano de cargos e carreiras para a câmara , o projeto foi aprovado por unanimidade dos presentes, mas numa manobra nunca antes vista na cidade, Zezão e os vereadores aliados vetaram o projeto que ele mesmo enviou para o legislativo, negando direitos como a progressão e deixando os servidores na mão.
Além disso, a atual gestão enfrenta sérios escândalos relacionados à manipulação de informações públicas, caracterizado como crime. Recentemente, foi obrigada a devolver cerca de R$ 1 milhão por inserir dados falsos no sistema, evidenciando uma falta de transparência e responsabilidade. Ademais, uma nova denúncia do Tribunal de Contas do Estado aponta a suposta fraude de matrículas de alunos em escolas de tempo integral, complicando ainda mais a imagem da administração.
Esses problemas ressaltam a questão da capacidade financeira do município. Apesar das denúncias, há um indicativo de que a gestão possui recursos suficientes em caixa para cumprir suas obrigações. Isso nos leva a um questionamento crucial: se Zezão for reeleito, ele vai homologar as portarias que garantem os direitos dos servidores ou tentará contestá-las judicialmente? Essa é a pergunta que ecoa nas discussões da cidade, refletindo a incerteza sobre o futuro dos servidores e da administração pública municipal.